O Encanto Atemporal de "Rosa", por André Calazans e Vicente Benevenuti
Na crescente cena musical do Rio de Janeiro, dois talentos singulares têm se destacado ao longo das décadas, imersos nas serestas e rodas de samba e choro tradicionais. André Calazans e Vicente Benevenuti, compositores cariocas dedicados, cultivaram um estilo próprio que ressoa com a harmonia e temática dos sambas antigos, evocando a tradição musical dos anos 1950 a 1970.
Longe dos excessos de arranjos grandiosos e efeitos modernos, as composições desses artistas carregam consigo uma simplicidade cativante. Suas melodias, ecoam como um convite para um passado musical mais puro, distante das superproduções contemporâneas, mas repletas de lirismo.
O que torna as músicas de André Calazans e Vicente Benevenuti únicas é a habilidade de transportar-nos para um samba ambientado em outros tempos. Suas criações, apesar de ecoarem a "sofrência" típica de muitas letras, são contrastadas por melodias alegres, no melhor estilo samba de quadra ou samba-enredo. É como se a tristeza das palavras se dissolvesse na cadência animada das notas, criando uma experiência musical que transcende o comum.
Um exemplo marcante dessa jornada musical é a composição "Rosa", que tece uma narrativa entrelaçada entre o nome de uma mulher e a beleza efêmera de uma flor. Nas letras desses compositores, encontramos a essência de histórias de amor e separação, imortalizadas em sambas que ecoam sentimentos profundos.
A melodia de "Rosa" é um exemplo perfeito dessa dualidade. Apesar da melancolia presente na letra, a batida é inegavelmente pra cima, transmitindo um alto astral contagiante. O refrão, com sua facilidade de "pegar", revela a maestria dos compositores em criar músicas que ficam gravadas na mente do ouvinte, convidando-nos a embarcar em uma jornada nostálgica, onde os sambas de outrora ganham vida em uma roupagem contemporânea.
Ouça agora “Rosa” em todas as plataformas digitais e volte no tempo com o melhor do samba.